As descrições para empregos em engenharia incluem habilidades técnicas bem claras. Entretanto, há habilidades sociais que nem sempre são explicitamente mencionadas. A gente já explicou aqui o que são as soft skills e, no contexto competitivo que vivemos atualmente, resolvemos atualizar a lista do que é necessário para profissionais de engenharia. Olha só:
1. Adaptabilidade
A capacidade de se ajustar a diferentes situações e lidar com mudanças inesperadas é uma das habilidades mais importantes que uma engenheira ou engenheiro deve possuir.
A adaptabilidade está diretamente ligada à capacidade de identificar soluções para problemas e imprevistos. Nosso principal objetivo profissional, certo?
Importante pontuar que a adaptabilidade e esse pensamento flexível devem ser considerados também em espaços curtos de tempo. Afinal, o sucesso de um projeto, ao longo de todo o seu curso, depende de avaliar o problema rapidamente e encontrar soluções adequadas, palpáveis e prudentes.
2. Colaboração
Em função da nossa demanda, trabalhamos em conjunto com uma diversidade imensa de profissionais: arquitetos, matemáticos, biólogos, médicos, sociólogos, etc. Isso implica interagir com uma variedade de pessoas com personalidades específicas e perspectivas diferentes de dentro de uma cadeia de comando.
Em tais casos, a capacidade de aplicar habilidades como comunicação verbal e linguagem corporal, bem como demonstrar um caráter sólido e personalidade são cruciais. Tudo isso vai definir o seu desempenho colaborativo com uma equipe e pode facilitar os resultados.
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3. Comunicação
Ah, o dom da palavra! Uma boa oratória, uma boa escrita e ser um bom ouvinte são características particularmente importantes no campo da engenharia, onde a clareza e a compreensão são necessárias para a conclusão dos projetos realizados em equipe, ou seja, todos.
Pode ser que falar em público e fazer apresentações estejam na agenda, especialmente quando as empresas participam de feiras e conferências. Nesse cenário, a interação com as partes interessadas, parceiros e clientes deve estar livre de mal-entendidos.
4. Atenção aos detalhes
Atenção! Estamos sempre imersos em projetos que abordam uma série de detalhes que se interconectam. Ter um olho para detectar minúcias que, se despercebidas, podem causar falhas no projeto é um das mais valiosas soft skills que engenheiras e engenheiros podem desenvolver.
Aqui entra uma questão que não está meramente associada à rentabilidade de projetos, mas à responsabilidade profissional: pode envolver vidas.
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5. Pensamento criativo
Aqui é onde o pensamento fora da caixa se torna essencial. O pensamento criativo não está voltado meramente a habilidades artísticas. Na verdade, essa é uma soft skill exigida por diferentes setores, pois pode colaborar na hora de solucionar problemas.
6. Liderança
À medida que você avança em sua carreira e suas habilidades técnicas melhoram com a prática, sua experiência será necessária para gerenciar projetos. Delegar tarefas, gerenciar equipes de pessoas e coordenar projetos complexos poderá compor suas demandas.
Falar sobre liderança pode parecer algo grande, mas compõe uma soft skill que deve ser trabalhada. A gente já falando um pouco sobre isso aqui.
Imagem: engineering.com
Engenheiras, engenheiros e outros profissionais de STEM que ainda não tomaram nota das suas soft skills devem começar a pensar sobre isso de imediato. Um conjunto dinâmico de habilidades técnicas e sociais pode ser o que vai fazer a diferença quando os empregadores consideram candidatos para se juntar à sua equipe. 😉
Fonte: Adaptado de Interesting Engineering.
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Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.