O Revit é um software de modelagem de informação da construção (BIM), desenvolvido pela Autodesk e amplamente utilizado por profissionais de engenharia.
Diferente de outras ferramentas CAD, mais focadas na realização de desenhos 2D, ele permite criar modelos 3D e inteligentes, onde cada elemento contém dados que facilitam projetos complementares, como de arquitetura, estruturas e MEP (elétrica, mecânica e hidráulica), além de integrar informações sobre materiais, custos e cronogramas. Ou seja, é ferramenta completa, onde é possível gerenciar todo o ciclo de vida de um projeto, da sua concepção até a manutenção pós-construção.

Então, se você queria saber porque o revit é essencial na engenharia, agora já sabe a resposta! O programa ajuda na redução de erros de compatibilidade entre disciplinas; também na eficiência, atualizando automaticamente plantas, cortes e elevações – mediante às alterações; e permite a criação de modelos 3D detalhados para apresentação. Assim sendo, tornou-se uma ferramenta indispensável no setor. E justamente pensando nisso, vale a pena o estudante ou profissional da engenharia realizar um curso para dominar suas funcionalidades.
Então, o que acha de aprender um pouco sobre como realizar renders dentro do Revit? É sobre isso que conversamos no artigo a seguir, do Engenharia 360!
O que é ‘render’ para a engenharia?
Render ou renderização é o processo de converter modelos digitais ou em três dimensões em uma imagem ou vídeo realista, simulando layouts, materiais, iluminação (natural e artificial), sombras e outros efeitos visuais. O objetivo é usar esse material em apresentações de projeto para clientes e equipes de trabalho, ilustrando como tudo ficará antes mesmo da construção começar. Isso permite que os envolvidos possam compreender melhor os detalhes do projeto, sem depender da leitura de desenhos técnicos, repletos de linhas e medidas.
Por que os renders são importantes na engenharia?
Como já dissemos antes, os engenheiros exploram os renders de imagens para a apresentação visual de projetos para clientes, investidores, fornecedores, construtores ou órgãos reguladores. Inclusive, vale dizer que projetos bem renderizados ajudam a vender ideias e aumentar a credibilidade – pode-se dizer que é um tipo de marketing imobiliário. Contudo, esse material também serve de auxílio no seu próprio entendimento sobre a proposta, ajudando a identificar previamente problemas de iluminação ou materiais antes da obra. Desse modo, evita-se retrabalhos e o aumento de custos durante a construção.
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Por que apostar no Revit para fazer render de imagens?
Engenheiros que desejam entregar projetos visualmente impactantes deveriam aprender a dominar o Revit! Até porque, com as técnicas certas, é possível criar renders realistas em menos tempo – além disso, recapitulando o que já dissemos, melhorando a comunicação com clientes e evitando retrabalhos.
Segundo a Autodesk, o Revit permite modelagem paramétrica precisa, facilitando a criação de modelos 3D detalhados de estruturas complexas. O programa também oferece bibliotecas extensas de materiais e texturas. E ainda vale citar sua integração com o Autodesk Cloud, ajudando nas renderizações rápidas e de alta qualidade diretamente no ambiente de projeto.
Como fazer, o a o, render de imagens no Revit?
Fazer render rápido e realista no Revit pode parecer um grande desafio, especialmente quando se trabalha com projetos de ambientes pequenos ou com muitos detalhes. Contudo, bastam as configurações certas e alguns ajustes estratégicos para se obter resultados impressionantes em pouco tempo.
1. Preparação para a renderização
Antes de iniciar a renderização de uma imagem no Revit, é preciso garantir que o modelo esteja bem estruturado em termos de aplicação de materiais, posicionamento de luzes, inserção de objetos, e configuração de elementos como lajes e forros. Por exemplo, é importante inserir uma laje superior para evitar que a luz entre incorretamente pelo teto, o que comprometeria um render realista. Para isso, deve-se copiar o piso existente no 3D (CTRL+C), colando alinhado com os níveis selecionados e atribuindo ao nível da laje.
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Vamos supor que o modelo testado seja de um design de interiores. Imagine que a fita de LED de uma prateleira esteja “entrando” no . Selecione a chapa horizontal, vá em “editar tipo” e ajuste o “afastamento posterior do rasgo”; aumente o valor (talvez uns 4 cm) para que a iluminação seja visível.
Ou então, se você quisesse mudar o tecido de uma cortina, seria preciso selecionar a mesma (pode ser necessário usar a tecla Tab para selecionar o da cortina). Vá em “editar tipo” e altere o material. Digite o nome do material diretamente ou clique nos três pontinhos para abrir o navegador de materiais e selecionar ou criar um novo.
2. Inserção e ajustes da câmera
Agora vem uma das etapas mais importantes de preparação para renderização no Revit, que é o ajuste da posição de câmera. Isso faz toda a diferença no resultado final!
Para isso, vá até o menu “vista”, clicar na seta em “vista 3D” e selecionar “câmera”. Na sequência, posicione a câmera no ponto ideal do ambiente, direcionando a visão e estendendo a linha de alcance para cobrir todo o espaço. Uma dica é usar ângulos diagonais para captar mais elementos, colocar o observador numa altura entre 1,20 m e 1,50 m (se for para ambientes pequenos). Por fim, em “região de recorte”, escolha as proporções adequadas para o render (ex: 9×16 para formatos verticais ou 16×9 para formatos horizontais).
Após aplicar a proporção, ajuste o tamanho da região de recorte novamente, colocando uma largura próxima da original (ex: 220) e marque “escala: proporções bloqueadas” para que a altura se ajuste automaticamente.
Se quiser visualizar todos os elementos de cima, incluindo os pontos de luz, é só ir à barra de controle de vista e definir o “nível de detalhe” para “auto”. Em “estilo visual”, use “cores consistentes”. Versões mais recentes do Revit também oferecem a opção “textura” para ver as texturas sem o modo realista.
3. Configurações de texturas
É claro que um render realista em engenharia depende da qualidade das texturas aplicadas aos objetos. Nesse caso, indicamos usar sempre texturas de alta resolução, verificar o caminho das pastas de texturas no Revit e substituir materiais genéricos por específicos. Aqui vai uma dica importante: para evitar que apareçam no 3D áreas com cores sólidas no lugar das texturas reais, as pastas de texturas dentro do programa para garantir que ele reconheça todas as imagens utilizadas.
Para fazer o redirecionamento das pastas de texturas no Revit, deve-se ir em “arquivo”, “opções”, “renderização” e adicionar as pastas de texturas uma por uma. Depois clicar em “adicionar valor”, em seguida nos três pontinhos e navegar até a localização das pastas de texturas (geralmente dentro de “arquivos de programa” na pasta de atalho “textures”). Em seguida, no diretório, inserir as pastas principais e quaisquer bibliotecas necessárias (como personalizadas e de terceiros/marcas). Esse é um processo que só precisa ser feito uma vez para a instalação do programa.

4. Configurações de iluminação
Agora faremos o ajuste final da iluminação para a renderização, outro fator bastante importante para dar realismo às imagens. Nossa recomendação é combinar luz natural (“sol”) e artificial (como spots, lustres e LEDs), ajustar a temperatura de cor (talvez de 3000K a 6500K) conforme o ambiente, e controlar a intensidade das luzes para evitar superposição ou sombras muito escuras.
Digamos que você fosse fazer alteração de temperatura, de cor e intensidade de luminárias spots. Precisaria selecionar a luminária e ir em “editar tipo”; depois, no campo “fotometria”, clicar em “intensidade” e ajustar a voltagem (ex: 50 ou 80) e a temperatura (ex: 5500K para um branco mais neutro, ou 4000K/4500K para um branco mais amarelado/neutro). E se fossem fitas de LED? Também ir em “editar tipo” e, no material da fita (geralmente na seção “auto iluminação”), ajustar a temperatura de cor (ex: 5000K para um branco mais quente).
Observação: as configurações de renderização de iluminação não precisam ser necessariamente tão fieis às especificações de projeto, pois o objetivo é apenas ilustrar o ambiente com a melhor qualidade visual possível.

5. Processo de renderização
Na última fase deste o a o, é preciso escolher um tipo de renderização adequado. O Revit oferece diversos modos de renderização: local (ideal para testes rápidos, mas que consomem recursos do computador) e na nuvem (oferece maior qualidade e libera o computador, mas requer conexão estável).
Depois de realizar todos os ajustes citados nas etapas anteriores, clique em “renderizar”. Em seguida, em “iluminação”, selecionar “sol e artificial” para uma renderização de interior com luz natural e artificial – essa combinação geralmente resulta em imagens mais bonitas. Já sobre a qualidade e resolução, elas podem ser deixadas nas configurações padrão caso a renderização final seja feita na nuvem, visando o melhor desempenho e qualidade.
Ficou com dúvidas? O vídeo a seguir traz muito mais dicas sobre como realizar render rápido e realista no Revit. Assista!
Como aprender mais sobre Revit para engenharia?
Realizar projetos detalhados, modelos em 3D e renders realistas no Revit certamente não é mágica, mas uma questão de conhecimento técnico, boas práticas e configurações bem ajustadas! Ao dominar as funcionalidades do programa, você conseguirá transformar modelos simples em representações visuais poderosas, capazes de impressionar seus clientes, acelerar decisões e melhorar a comunicação em projetos de engenharia.
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Fontes: Revit.
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Redação 360
Somos uma equipe de apaixonados por inovação, liderada pelo engenheiro Eduardo Mikail, e com “DNA” na Engenharia. Nosso objetivo é mostrar ao mundo a presença e beleza das engenharias em nossas vidas e toda transformação que podem promover na sociedade.