A revolução das inteligências artificiais traz tanto fascínio quanto apreensão entre os profissionais atualmente. Dá um frio na barriga quando lemos notícias de que empresas como a Microsoft e a IBM estão afastando dezenas ou centenas de funcionários e substituindo-os por agentes autônomos de IA. Isso nos traz uma sensação de que os sistemas multiagentes empregados vão não apenas revolucionar diversos setores do mercado como colocar profissionais, incluindo engenheiros, no alvo dessa transformação.

Aliás, você já ouviu falar dos multiagentes de IA? Saiba que eles podem otimizar projetos, reduzir custos e acelerar processos na engenharia. Mas será que eles também vão substituir os engenheiros em seus trabalhos? Debatemos mais o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

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multiagentes de IA
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

O que são os multiagentes de IA no contexto da engenharia?

Nos últimos anos, houve uma evolução significativa na forma como os sistemas computacionais interagem e resolvem problemas complexos.

Olhando para esse cenário, vale destacar os sistemas multiagentes (SMA), compostos por múltiplos agentes autônomos ou entidades inteligentes programadas para perceber o ambiente, tomar decisões e agir de forma independente, que se comunicam e colaboram entre si para alcançar objetivos comuns. No contexto da engenharia, podemos utilizar essas ferramentas para transformar o modo como os projetos são planejados, executados e otimizados.

Na prática, cada agente teria uma função específica (como analisar dados, monitorar desempenho, realizar controle de qualidade ou mesmo gestão logística), sempre se comunicando com outros agentes para criar soluções integradas e eficientes. É como um grupo de trabalhadores especializados (engenheiros, pedreiros, eletricistas, marceneiros e mais numa obra) atuando de forma coordenada e eficiente, mas sem um controle central rígido.

Quais as principais etapas do funcionamento dos multiagentes de IA?

No primeiro momento, você vai pensar que estamos descrevendo um grupo de profissionais no mercado, quando, na verdade, estamos falando de multiagentes de IA.

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Na fase um, eles se apresentam ao sistema computacional, declarando suas habilidades e funções, e se colocando na posição das prioridades e especializações do que irão fazer. Durante a execução do serviço, trocam informações em tempo real e ajustam seus planos conforme o necessário. Por fim, após cada ciclo, o grupo analisa os resultados e atualiza os comportamentos para melhorar futuras execuções, evitando erros repetidos.

O que os multiagentes de IA podem fazer pela engenharia?

Resumidamente, podemos dizer que os sistemas de multiagentes são especialmente úteis em ambientes de engenharia onde há muitos componentes interligados e onde a tomada de decisão deve ser rápida, precisa e adaptável a mudanças constantes.

multiagentes de IA
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

A saber, a prática de sistemas multiagentes na engenharia vai muito além da simples automação de tarefas. Para que você possa entender melhor, listamos algumas das principais contribuições dessa tecnologia ao setor:

  • Simulação de cargas e resistência dos materiais.
  • Gerenciamento de cronograma e recursos na construção.
  • Monitoramento de condições ambientais (vento, umidade).
  • Otimização de custos em tempo real em obras.
  • Otimização de processos industriais (produção, estoque, transporte e qualidade).
  • Manutenção preditiva em fábricas (previsão de falhas, solicitação de peças).
  • Gestão e monitoramento de grandes infraestruturas (pontes, túneis, sistemas hídricos).
  • Detecção de desgaste e anomalias em estruturas.
  • Simulação e controle de sistemas urbanos (drenagem, energia, trânsito).
  • Automação de edifícios inteligentes (HVAC, iluminação, segurança).
  • Otimização de consumo energético sem perder conforto.
  • Planejamento logístico e otimização de rotas de transporte.
  • Controle de tráfego e gestão de frotas, inclusive veículos autônomos.
  • Simulações de comportamento de materiais, circuitos e softwares.
  • Previsão de falhas e redução de custos com protótipos.
  • Monitoramento de obras com drones e IA.
  • Alertas automáticos para rachaduras, desvios de orçamento e atrasos.
  • Agendamento autônomo de manutenções em estruturas e máquinas.
  • Cálculo automático da pegada de carbono dos materiais.
  • Sugestão de soluções mais sustentáveis e ecológicas.

Empresas que já usam multiagentes

  • IBM (automatizou 94% das tarefas de RH com IA).
  • Tesla (usou IA para otimizar linhas de produção).
  • Siemens (aplicou multiagentes em projetos de smart cities).
multiagentes de IA
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Engenheiros do futuro serão substituídos por Inteligência Artificial?

Neste momento, ninguém pode responder à pergunta. Não há como prever o amanhã, nem como as tecnologias irão evoluir. O que existem são desejos e perspectivas a curto e médio prazo. Até onde se sabe, apesar do grande potencial, os sistemas multiagentes de IA enfrentam hoje vários desafios. Por exemplo, modelos descentralizados são vulneráveis a ataques quando não bem protegidos. 

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No pior dos cenários, existe o risco da superdependência de Inteligência Artificial por parte das empresas de engenharia, o que pode levar à perda de controle humano em certos processos. Por outro lado, aquelas empresas que insistirem em sistemas antigos não vão conseguir se comunicar facilmente com novas tecnologias.

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Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Enfim, pode ser que no futuro os engenheiros foquem em seus trabalhos apenas em tarefas criativas – design inovador, solução de problemas complexos. Novas habilidades serão exigidas para os candidatos, como gestão de sistemas multiagentes, interpretação de dados de IA e colaboração humano-máquina. E quanto às IAs? Bem, elas cuidarão de cálculos repetitivos e gestão operacional.

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Fontes: ES360, Distrito, triggo.ai, IBM.

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