A manutenção industrial desempenha um papel crucial não apenas na reparação de equipamentos, mas também na prevenção de falhas, redução de custos e aumento da confiabilidade operacional. Este artigo do Engenharia 360 explora como realizar uma análise de falhas eficaz na indústria, abordando desde os conceitos fundamentais até métodos avançados utilizando Inteligência Artificial. Acompanhe!

O que significa análise de falhas em equipamentos na indústria da engenharia?

A análise de falhas é um processo fundamental na indústria da engenharia , especialmente no setor industrial. Ela consiste em investigar as causas e os efeitos de problemas técnicos em máquinas e equipamentos para evitar sua recorrência. A principal finalidade desse tipo de análise é identificar a causa raiz do problema, permitindo que ações corretivas e preventivas sejam tomadas.

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Na prática, isso significa compreender por que um motor parou de funcionar, por que uma bomba d’água superaqueceu ou por que um sistema hidráulico apresenta vazamento. Cada falha registrada fornece informações valiosas que ajudam a melhorar a confiabilidade dos equipamentos, reduzir custos com manutenção e aumentar a vida útil dos ativos industriais.

Além disso, a análise de falhas também considera o grau de criticidade dos equipamentos dentro do processo produtivo. Equipamentos classificados como de alto grau de criticidade exigem atenção redobrada, já que qualquer interrupção pode gerar grandes prejuízos e comprometer a segurança dos trabalhadores.

análise de falhas em equipamentos industriais
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Como fazer análise de falhas em equipamentos na indústria da engenharia?

Existem diversas metodologias eficazes para análise de falhas, destacando-se a FMEA (Análise de Modos de Falha e Efeitos), o método dos 5 Porquês e o Diagrama de Ishikawa.

FMEA (Failure Modes, Effects Analysis)

A FMEA identifica potenciais modos de falha e seus efeitos, seja no produto final ou nos processos industriais. Essa abordagem sistemática ajuda a priorizar as falhas com base em seu potencial de impacto, gravidade e probabilidade de ocorrência.

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Os os principais são:

  1. Definir o processo ou produto a ser analisado.
  2. Montar uma equipe multidisciplinar.
  3. Levantar possíveis modos de falha.
  4. Avaliar efeitos e causas.
  5. Calcular o RPN e priorizar ações.
  6. Implementar medidas preventivas.
  7. Documentar todo o processo.

Método dos 5 Porquês

Desenvolvido pela Toyota, o método dos 5 Porquês busca a causa raiz de uma falha através de perguntas sucessivas, permitindo uma análise profunda das causas subjacentes.

Por exemplo:

  • Por que o motor queimou? Porque o eixo ficou bloqueado.
  • Por que o eixo ficou bloqueado? Porque havia sedimentos acumulados.
  • Por que havia sedimentos ali? Por falta de vedação adequada.
  • Por que a vedação estava inadequada? Por erro na especificação técnica.
  • Por que houve erro na especificação? Por falta de revisão técnica antes da compra.

Diagrama de Ishikawa

O Diagrama de Ishikawa , também conhecido como espinha de peixe ou 6M, organiza possíveis causas de uma falha em categorias: Máquina, Mão de Obra, Medidas, Meio Ambiente, Método e Material. Essa visualização ajuda a entender quais fatores contribuíram para o problema.

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Por exemplo, se um motor está aquecendo demais, as causas podem estar relacionadas ao ambiente de operação (temperatura elevada), à qualidade do lubrificante usado (Material) ou à falta de treinamento do operador (Mão de Obra).

Árvore Lógica das Falhas

A Árvore Lógica das Falhas é uma representação organizada de falhas e suas causas, permitindo descobrir as raízes físicas, humanas e latentes de um incidente. Inicia-se com a descrição do problema (falha funcional) e, em seguida, desenha-se uma árvore, detalhando os modos de falha e as causas correlatas, até atingir as causas raízes.

É excelente para mostrar a resiliência de um sistema a falhas simples ou múltiplas. Contudo, exige uma definição cuidadosa do problema para não se perder em análises de elementos não-consequenciais.

Diagrama de Pareto

O Diagrama de Pareto é uma ferramenta gráfica utilizada para quantificar e priorizar as causas de um evento com base em seu impacto. Ele se baseia no Princípio de Pareto (regra 80/20), que afirma que aproximadamente 80% dos problemas são causados por 20% das causas.

Ao ilustrar a frequência dos tipos de falha, o diagrama ajuda a equipe a focar nos problemas mais frequentes e impactantes, garantindo que os esforços de correção sejam direcionados para onde trarão os maiores resultados.

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Como usar a IA hoje para otimizar análise de falhas em equipamentos na indústria da engenharia?

A Inteligência Artificial está transformando a análise de falhas na indústria ao permitir previsões mais precisas e diagnósticos em tempo real. Com algoritmos avançados, é possível processar grandes volumes de dados dos equipamentos, identificar padrões de falha e recomendar ações corretivas de forma automatizada.

Entre as aplicações mais relevantes estão a predição de falhas, que antecipa problemas e reduz o tempo de inatividade, a otimização da manutenção com base em dados reais, e a análise de Big Data, que revela correlações complexas entre variáveis de processo e falhas.

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Exemplos de prompts para geração de análise de falhas em equipamentos

O planejamento de manutenção preventiva na engenharia é um componente fundamental para garantir a continuidade operacional, aumentar a vida útil dos equipamentos e reduzir custos relacionados a reparos emergenciais. Ao seguir uma metodologia clara e aproveitar o poder da IA, as empresas podem transformar seu setor de manutenção em um verdadeiro centro de excelência.

Prompt 1

“Liste as possíveis causas para a falha em [equipamento ou sistema], considerando falhas mecânicas, elétricas e operacionais.”

Prompt 2

“Identifique anomalias nos dados de torque de [equipamento ou sistema] no intervalo de tempo entre [hora início] e [hora fim]. Houve alguma sobrecarga ou interrupção?”

Prompt 3

“Analise os dados de vibração dos últimos 7 dias de [equipamento específico] e identifique quaisquer anomalias ou tendências que possam indicar um desgaste iminente.”

Prompt 4

“Com base nos dados históricos de temperatura e pressão de [equipamento específico], preveja a probabilidade de falha nos próximos 30 dias e sugira ações preventivas.”

Prompt 5

“Cruze os dados de consumo de energia e produção de [equipamento específico]. Há alguma correlação que indique perda de eficiência ou falha latente?”

Prompt 6

“Compare o desempenho de [equipamento ou sistema] com os dados de referência e identifique qualquer desvio que possa indicar uma falha em componentes críticos.”

Prompt 7

“Com base nos padrões de falha históricos e dados de operação atuais, qual a vida útil estimada restante para [equipamento ou sistema]?”

Prompt 8

“Quais foram os 3 modos de falha mais frequentes em [equipamento ou sistema] no último trimestre, de acordo com os registros de manutenção e dados dos sensores?”

Prompt 9

“Gere um relatório de diagnóstico para [equipamento específico], considerando os dados de temperatura, ruído e pressão. Indique a causa provável de qualquer falha detectada.”

Prompt 10

“Com base na seguinte lista de falhas e suas frequências [lista de falhas e frequências], organize os dados e sugira uma análise utilizando o Diagrama de Pareto, indicando quais falhas devem ser priorizadas.”

Prompt 11

“Crie um esboço de Diagrama de Ishikawa para o problema de [descrição da falha]. Inclua categorias como Máquina, Mão de Obra, Material, Método, Meio Ambiente e Medidas, e sugira pelo menos três possíveis causas para cada categoria.”

Prompt 12

“Explique o a o como aplicar a técnica dos 5 Porquês para uma falha em [equipamento ou sistema], começando com [descrição do problema] e conduzindo até a causa raiz. Sugira ações corretivas e preventivas.”

Prompt 13

“Compare a eficácia do Diagrama de Ishikawa e dos 5 Porquês na análise de falhas de [equipamento ou sistema].”

Prompt 14

“Crie um modelo de FMEA para [equipamento ou sistema], incluindo modos de falha, efeitos, causas, ações preventivas e RPN.”

Prompt 15

“Explique a metodologia FMEA e como ela pode ser aplicada para prevenir falhas em [processo ou equipamento novo], incluindo os os principais e a importância do RPN.”

Prompt 16

“Analise os riscos associados a falhas em [equipamento ou sistema] com alto grau de criticidade e proponha medidas de mitigação.”

Prompt 17

“Sugira um plano de manutenção preditiva baseado em dados históricos de falhas para [linha de produção ou equipamento específico].”

Prompt 18

“Descreva como a Inteligência Artificial pode ser utilizada para otimizar a manutenção preditiva em [conjunto de equipamentos], dando exemplos de previsões de falhas.”

Prompt 19

“Redija um texto persuasivo sobre os benefícios da implementação de um sistema de análise de falhas baseada em IA para a diretoria de uma empresa de engenharia, focando na redução de custos e aumento da confiabilidade.”

Prompt 20

“Gere um roteiro de perguntas para uma entrevista com um técnico de manutenção para coletar informações sobre uma falha recorrente em [equipamento específico], com o objetivo de aplicar a Árvore Lógica das Falhas.”

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Prompt 21

Prompt: “Desenvolva um fluxograma de decisão para analisar falhas em [tipo de equipamento]. Inclua pelo menos 10 possíveis causas de falha, perguntas de diagnóstico para cada causa e ações corretivas recomendadas.”

Prompt 22

“Atue como engenheiro de confiabilidade com foco em análise de falhas para [tipo de equipamento]. Elabore um fluxograma de decisão completo e uma metodologia sistemática para investigar falhas em [equipamento específico], utilizando os princípios da Análise de Causa Raiz (RCA) e da Análise de Modos e Efeitos de Falha (FMEA).

Sua proposta deve contemplar os seguintes elementos:

1. Identificação inicial: Elabore um questionário minucioso para levantamento de informações preliminares sobre a falha ocorrida. Inclua questões sobre sintomas observados, condições de operação no momento da falha, histórico de manutenção ‘ e ‘ mudanças recentes no processo ou ambiente operacional.

2. Categorização das falhas: Crie um sistema de classificação para os tipos de falha (por exemplo: mecânica, elétrica, hidráulica, eletrônica, etc.). Desenvolva códigos padronizados para cada tipo de falha a fim de facilitar o rastreamento, análise ‘ e ‘ relatórios futuros.

3. Fluxograma de decisão: Estruture um fluxograma principal contendo, no mínimo, 20 pontos de decisão. Para cada ponto, forneça: a) perguntas específicas de diagnóstico, b) respostas possíveis, ‘ e ‘ c) ações subsequentes para cada resposta.

4. Causas potenciais de falhas: Liste pelo menos 15 causas comuns de falha específicas para [equipamento específico]. Para cada uma, detalhe: a) sintomas ou indicadores típicos, b) métodos para confirmação ou teste, ‘ e ‘ c) probabilidade relativa de ocorrência.

5. Técnicas de diagnóstico: Indique 10 técnicas de diagnóstico recomendadas (ex.: análise de vibração, termografia, ultrassom, análise de óleo, etc.). Para cada técnica, explique: a) como ela deve ser aplicada, b) quais equipamentos ou ferramentas são necessários, ‘ e ‘ c) como interpretar os resultados obtidos.

6. Análise de dados: Proponha estratégias para análise de dados históricos de falhas do equipamento. Sugira ferramentas estatísticas (como Pareto, histogramas, gráficos de controle, etc.) para identificar padrões recorrentes ‘ e ‘ tendências de falhas.

7. Ações corretivas ‘ e ‘ preventivas: Para cada causa identificada, indique: a) ações corretivas imediatas que devem ser implementadas ‘ e ‘ b) medidas preventivas de longo prazo. Inclua estimativas de tempo, mão de obra ‘ e ‘ recursos necessários para executar cada ação.

8. Análise de causa raiz (RCA): Desenvolva um modelo dos “5 Porquês” adaptado à realidade de [equipamento específico]. Crie um template do diagrama de Ishikawa (espinha de peixe) para auxiliar na visualização das possíveis causas.

9. Análise FMEA customizada: Construa um modelo de FMEA dedicado ao [equipamento específico]. Inclua critérios claros para avaliação de Severidade (S), Ocorrência (O) ‘ e ‘ Detecção (D), com escalas padronizadas.

10. Árvore de falhas: Elabore uma árvore de falhas genérica aplicável a [equipamento]. Forneça orientações claras para personalização da árvore conforme diferentes cenários de falha.

11. Modelos de documentação: Desenvolva templates para: a) relatórios de investigação de falhas, b) planos de ação corretiva ‘ e ‘ c) registro de lições aprendidas.

12. Análise de confiabilidade: Indique métodos para cálculo de indicadores de confiabilidade, como MTBF (Tempo Médio Entre Falhas) ‘ e ‘ MTTR (Tempo Médio Para Reparo). Proponha uma abordagem para aplicação da análise de Weibull na previsão de falhas.

13. Prevenção de recorrência: Crie uma checklist prática para garantir que as ações corretivas ‘ e ‘ lições aprendidas sejam devidamente implementadas no processo.

14. Programa de treinamento: Sugira um plano de capacitação contínua em análise de falhas, direcionado a técnicos ‘ e ‘ operadores, abordando desde a identificação até a solução de falhas.

15. Melhoria contínua: Proponha um processo formal para revisão ‘ e ‘ atualização periódica do fluxograma de decisão ‘ e ‘ da metodologia desenvolvida, com base em novas falhas identificadas ou melhorias tecnológicas.

Considere as normas de segurança aplicáveis e as melhores práticas da indústria. Inclua orientações sobre como adaptar a metodologia para diferentes níveis de criticidade do equipamento e como integrar a análise de falhas com sistemas de gestão de manutenção e confiabilidade existentes.”

análise de falhas em equipamentos industriais
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Gemini

Veja Também:

Qual a importância da FMEA para preveção de falhas?

Conheça as falhas mais comuns em um processo produtivo


Fontes: TAGOUT, LabTeste, STAHL, Tractian,

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